sábado, 5 de março de 2011

Um ruido no Porão; Parte 1

Se tem uma coisa que eu aprendi no primeiro dia do curso de detetive, foi que não dá pra se seguir um taxi em Los Angeles, esperando acompanhar só pela cor.
Eu parei no semáforo, e não pude controlar, eu tinha que zoar  um pouquinho com ela.
-Belatricé! Pegue um fantasma aqui para mim!- e ri, como não ria a algum tempo.
Ela olhou pela janela, e me mostrou o dedo.
Eu ri mais ainda, depois ela me mandou ir para o diabo que me carregasse, e o taxi partiu, e obviamente eu fui atrás.
A grande e iluminada Los Angeles que eu conhecia, foi ficando para trás, dando vazão a ruas escuras e sinistras. 
O taxi parou na frente de um casarão, como se eu não fosse sentir um frio na barriga ao avalia-lo. Odiava essa palavra, mas, parecia algum tipo de premonição.
Vi Belatricé, descer do taxi, e ao invés de encarar a casa, ela me encarou enquanto eu encostava o carro, sob um olhar de desafio eu saí. Ela parecia me chamar para um racha. Nesse caso uma provação.
Eu parecia quase valente , enquanto me dirigia até ela, mas, tão desafiador como o de Belatricé. Coloquei as mãos nos bolsos da calça, e parei, fitando o casarão, sorri esperando ela me dizer algo.
-Achei que você fosse desviar no meio do caminho- disse ela.
-Eu disse que iria seguir você!
-Seu orgulho é maior do que o seu medo?- ela dera uma risadinha.
-Belo cenário senhorita, Blake- ignorei a pergunta.
-Não é a mim, a quem você deve parabenizar...
-Imagino que seja aos fantasmas.
-Eles não escolhem cenários, tem motivos para estar aqui ou ali.
-E qual é o motivo desse?- perguntei estranhamente sério.
-Digamos, que chegou aos meus ouvidos, que aqui tem um tipo de espírito obsessivo... Sabe o que é isso, não?
-Espíritos que vivem ao redor de uma coisa, ou pessoa, em especial... Isto é, em um caso hipotético, claro- me emendei.
-Exato, mas, nesse caso á algo mais sombrio que isso. Uma força maior do que apenas alguns fantasmas. Que eu não consigo ver o que é, não consigo!- ela parecia perturbada.
-Você está bem?- perguntei preocupado.
-Estou. Apenas não gosto de ficar sem saber das coisas.
-Você e mais um bilhão de pessoas. Não vai desistir dessa...?
-Insanidade... blá-blá-blá- interrompeu ela com desdém- Para você é isso, pra mim é monótono. Ou será que é medo?- ela tinha um sorriso diabólico.
-Ah qual é?


Eu fui andando para a entrada do casarão, Belatricé a curtos passos vinha seguindo atrás de mim, e num ultimo choque de realidade eu percebi que estava me metendo em algo realmente sério...


Continua...

4 comentários:

Giovanna Rubbo disse...

Amoooore!
Obrigada pelo incentivo!
Vou dar uma olhada nesse seu blog maravilhoso com mais calma depois, viu?
Beijinhos direto de Wonderland ( a Terra do Terror!)!!!!

Be Fontana disse...

Beijos pra você querida.
Você merece por escrever muito bem, é otimo que você tenha vontade de passar aqui depois, grande abraço!

SBIE disse...

heheh, não tem jeito mesmo de seguir um táxi pela cor, rss... imagine em São Paulo também.

Be Fontana disse...

Digamos que o transito de la é um pouco parecido com o daqui. Kkkk'